31.8.11

Se me quiserem definir...

Se me pedirem para me definir serei incapaz de o fazer. 
Direi apenas que sou uma amálgama de bocadinhos de todas as pessoas que pela minha vida passaram, e se a minha resposta não lhes bastar, pedirei que perguntem aos que me são queridos, talvez eles e apenas eles, saibam/possam responder.
São eles o espelho em que diariamente analiso o meu reflexo, espelho esse, onde ensaio e experimento aquilo que pretendo ser, que me ajuda a delinear a linha que separa o correcto do incorrecto, que me ensina que posso sempre ser/fazer mais e melhor, que me relembra o passado, que me guia pela vida.
Contudo se realmente a eles recorrem não garantirei que estes serão de muita ajuda se de mim pretenderem uma definição concreta e precisa, cada um apontará uma qualidade ou defeito diferente pois não sou na companhia de um exactamente a mesma pessoa que sou na companhia de outro. Assim tanto serei silêncio como música, alegria e tristeza, serenidade e tempestade.
Por fim compreenderão a minha resposta inicial. Como camaleão, que “pede emprestado” as cores do que o rodeia e se adapta à nova realidade, também eu me organizo e reorganizo os pedacinhos (“roubados” a todos aqueles que um dia já quis bem) conforme as circunstâncias e sou um bocadinho de tantas pessoas que para a todas fazer justiça não poderei ser de definição fácil e simples.








"Cada pessoa que passa na nossa vida passa sozinha, e não nos deixa só, 
porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós." 
Charlie Chaplin

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