10.5.09

Chuva


Chuva, companheira de tantas noites, de tantos dissabores, vem uma vez mais ao meu encontro. Cai novamente de mansinho sobre mim e deixa as minhas lágrimas se confundirem na tua água.
Vem, faz-me companhia em mais uma desilusão, lava a minha cara e leva toda esta dor contigo, liberta-me deste tormento. Ralha-me por mais uma vez ter acreditado, por ter achado que seria diferente.
Chuva, amiga minha, em horas de desespero, vem abafar o meu choro com o teu barulho nas telhas, chama o vento e juntos sejam a personificação do meu estado de espírito. Não deixes de vir, a tua presença, reconforta a minha alma, sentir-te cair em mim dá-me a certeza de ainda existir vida no meu corpo.
Chuva! Novamente preciso de ti, pois só tu és capaz de trazer a esperança e o alento ao meu coração, pois só tu és uma constante na minha vida e só tu me transmites força para não desistir de sonhar. Por isso não demores muito a chegar!

1 comentário:

  1. Oi minha amiga, as tuas palavras refletem-se também em mim. A chuva por vezes pode ser sinónimo de inconveniência mas para mim significa também liberdade. Ir para rua e sentir água a cair... parece loucura mas quem é que disse que nós não as podemos fazer?! Outro texto muito bonito, gosto imenso da maneira como escreves.
    Um grande beijinho para ti :)

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